quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Silence ?...Not Silence

Give me release
witness me
I am outside
give me peace

Heaven holds a sense of wonder
and I wanted to believe
that I'd get caught up
when the rage in me subsides


In this white wave
I am sinking
in this silence
in this white wave
in this silence
I believe


Passion chokes the flower
'til she cries no more
possessing all the beauty
hungry still for more

Heaven holds a sense of wonder...

I can't help this longing
comfort me
I can't hold it all in
if you won't let me

Heaven holds a sense of wonder...

In this white wave
I am sinking
in this silence
in this white wave
in this silence
I believe


I have seen you
in this white wave
you are silent
you are breathing
in this white wave
I am free


Mago da Lua

domingo, 14 de setembro de 2008

First Landing

Não eram humanóides – Eram humanos, se nunca mais voltasse a expor-se ao sol, ficaria tão pálido como eles.

A presidente estava de mãos levantadas no tradicional (Vejam não tenho armas) , um gesto tão velho como a história.
- Suponho que não me percebem - disse ela -, mas sejam bem-vindos a Thalassa.

Os visitantes sorriram e o mais velho dos dois – um homem simpático de cabelos grisalhos perto dos setenta – levantou as mãos em resposta.
-Pelo contrário - respondeu ele numa das vozes mais profundas e maravilhosamente moduladas que Brant jamais ouvira – compreendemo-vos perfeitamente. Estamos felizes por vos encontrar.

O grupo de recepção ficou, por um instante, num silêncio de espanto.,(mas era idiotice) pensou Brant, (ficar assim surpreendido)
Afinal, não tinham a menor dificuldade em compreender o falar de homens que tinham vivido dois mil anos antes.
Quando o registo sonoro fora inventado congelara os fonemas básicos de todas as línguas.
Os vocabulários expandiram-se, a sintaxe e a gramática podiam modificar-se, mas a pronúncia manter-se-ia estável por milénios.

A presidente Waldron foi a primeira a recompor-se.
- Bem isso evita montes de problemas – disse ela, vacilante.
-Mas de onde vêm ?
Perdemos contacto com…os nosso vizinhos…desde que a nossa antena espacial foi destruída.

O velho olhou de relance para o companheiro mais alto e uma mensagem silenciosa perpassou entre eles. Virou-se de novo para a presidente.
Não havia engano possível quanto à tristeza que havia na sua voz quando fez a sua afirmação peremptória.

- Pode ser-vos difícil acreditar nisto – disse ele.

- Mas não somos de nenhumas das colónias. Viemos directamente da Terra.

"Com muito amor e amizade para a Ana e o Tó"

Em : Canções da Terra distante ( Arthur C. Clarke)



Mago da Lua

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Instantes

Vivemos de instantes, a cada avo de segundo.
O exercício que fiz, não deu em nada.
Tentei colocar-me em ambos os papeis, senti somente que a realidade ultrapassa qualquer supor.
A brutalidade do militar, poderá ser mais fácil de imaginarmos, a ser.
Está movido por uma causa, em que acredita, bárbara a nosso ver.
Mas isso levar-nos-ia aqui muito mais longe, seria o limiar da nossa barreira entre o humanamente e o desumanamente.
O que me chocou na foto, foi a velocidade a que as coisas se passam no pensamento do infeliz executado.

Revê com grande velocidade todos os seus instantes de vida e, teme pelo que vai sentir, é um abismo que desconhece.
Agonia sobre o que deixa para trás e, pelo que não viveu ou fez.
Esta foto choca pela crua realidade, a todos os instantes alguém parte sem poder dizer, ainda não.
Eu continuo a ser e, a defender um “ Nem Deus, nem Mestre”.

Mago da Lua

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Roger Dean

Ainda me lembro, como se fosse ontem, quanto tempo demorava a olhar para a capa do Yessongs contemplando os seus desenhos tão futuristas.
Este triplo álbum de 1973 ao vivo, da extraordinária banda Yes, fazia-nos viajar para mundos tão bem imaginados nos desenhos de Roger Dean.
Foi sempre para mim uma referência em termos de traço.
Um grande amigo de infância desenhou nas férias a capa do Relayer perfeitamente à escala só a carvão, dando uma bela tela de quase metro e meio de comprimento, por um metro de altura.
Alguns bons anos mais tarde, numa festa em sua casa, deparo-me com o velho desenho, meio amarrotado e enrolado ao desprezo.
Perguntei-lhe se estava doido em tratar assim uma obra de arte.
Espantado eu, ofereceu-mo, não pude aceitar, mas garanti-lhe que o emoldurava e o estimava e um dia o devolveria, assim foi.
Anos mais tarde, recuperou o desenho numa linda moldura perfeitamente estimado e, eu perdi o mais belo quadro da minha casa.
Encomendei a um amigo pintor, dois quadros que desenhámos em conjunto, a capa do ABWH e a capa traseira do Yesterdays. Hoje só tenho o segundo na minha sala, o outro ofereci-o a uma amiga do coração.
A arte de Roger Dean contagia-nos e transporta-nos lá para fora, ainda hoje, como podem ver na imagem do cabeçalho do Mago da Lua.


Mago da Lua

 
Add to Technorati Favorites