segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Teoria dos campos unificados


Baruch Spinoza (1632-1677): Filósofo holandês de origem judaica e filho de pais portugueses (emigrados na Holanda) sendo por isso considerado como o maior legado lusófono para a filosofia ocidental. As suas ideias encontram-se resumidas em "Ethica", uma obra extremamente abstracta, que não expressa nenhum amor pela natureza, algo que seria de esperar por alguém que identifica Deus com a Natureza. O ponto de partida de Spinoza não é a natureza ou o cosmos, mas sim uma definição puramente teórica de Deus. Alguns académicos consideram "Ethica" como a mais elaborada e rigorosa exposição do panteísmo em toda a literatura filosófica.

Albert Einstein (1879-1955): Físico norte-americano de origem alemã. Fascinado pelo panteísmo de Spinoza, declarou: "Acredito no Deus de Spinoza que se revela na harmonia de tudo o que existe, não num Deus que se preocupa com os destinos e acções do Homem", "a minha religião é de facto o universo... em outras palavras, a natureza, que é o nosso reflexo do universo". A sua convicção na unidade do espírito e da matéria deu alento à procura de uma força unificadora da natureza, à qual chamou de "teoria dos campos unificados" (tradução livre de "unified field theory"). Vários estudiosos puseram em causa esta teoria, mas descobertas recentes parecem ter renovado o interesse nela.

Mago da Lua (n. 1962): Panteísta assumido, creio que tudo o que existe no Universo está ligado em conjunto, o Universo é uma Simbiose. Os átomos que temporariamente dão forma ao meu Ser, são os mesmos que dão forma às estrelas, ao céu, às rochas, e aos animais... Eu sou parte do Todo que existe e ele é parte de mim. Quando contemplo sonhando a grandiosidade e beleza do Universo, sou obrigado a reconhecer que ele é divino, e por inerência dos factos, apercebo-me da nossa divindade...

Para o terceiro milénio precisamos de uma “religião” científica. O cerne desta abordagem filosófica reverência o universo material como única divindade .
O panteísmo científico começa como uma ontologia, uma afirmação a propósito de Ser. Contudo, conduz a uma ética e a uma política.
A ética baseia-se na premissa o principal bem na vida humana consiste em ligar-se com o cosmos, com a natureza e com outros humanos. Tudo o que aprofunda essa conexão em cada um e nos outros, é bom. Tudo o que a prejudique, é mau.



Mago da Lua

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